terça-feira, 3 de setembro de 2013

Hora de Trocar a Plumagem


Os pinguins de Magalhães, são aves marinhas que povoam regiões da América do Sul, como a Patagônia, são animais monogâmicos que se reproduzem uma vez por ano. Algo peculiar e muito apropriado para as condições de vida desse pinguim é a troca da plumagem que também acontece anualmente, essas trocas são fundamentais para que ele consiga mergulhar em águas extremamente geladas e percorrer cerca de 250 km afim de buscar alimento para si e seus filhotes.
Essa roupagem nova recebida pelo pinguim o faz mais resistente, posto que a impermeabilidade de revestimento é maior que anterior, fazendo com que as baixas temperaturas não atinjam sua pele levando a morrer de hipotermia. 
Nós, como os Pinguins de Magalhães, também passamos por diversas trocas de plumagem. São momentos de dor e aparente feiura que são fundamentais para que a nossa plumagem nova seja mais resistente e impermeável à frieza desse mundo, no qual estamos inseridos. Um exemplo bíblico que tenho singular apreço é o processo de troca de plumagem de Noemi e Rute. Uma exclamação conhecida e que ilustra bem esse momento é a seguinte:
"Mas ela respondeu: Não me chameis de Noemi; chamei-me de Mara, pois Shaddai me encheu de amargura. Parti com as mãos cheias, e Iahweh me reconduz de mãos vazias!" (Rute 1:20-21a) 
Talvez no início Noemi não conseguia entender o propósito de Deus naquela dolorosa troca de plumagem, mas Ele não a havia abandonado. Prova disso foi o amparo e a fidelidade de Rute para com a sogra. Deus preparou uma Nora que valia mais do que sete filhos (Rute 4:15) para cuidar de sua filha Noemi. 
As adversidades passadas por essas mulheres não foram poucas, mas todas foram de ínfimo valor para o ministério de cada uma delas - Ser as próximas mães dentro da genealogia de Jesus. Quanto maior é o ministério (o propósito de Deus a ser cumprido aqui na terra) maior é o número de troca de plumagens tidas, e mais impermeável à este século, torna-se o ungido do Senhor. 
O maravilhoso é saber o que nos espera após as adversidades e tribulações. É inexplicável servir a um Deus que nos ama a ponto de não nos deixa "líquidos" e "relativos" sem uma certeza do final. É realmente reconfortante ter a esperança da salvação e como Paulo afirmar:
"Somo atribulados por todos os lados, mas não esmagados; postos em estrema dificuldade, mas não vencidos pelos impasses; perseguidos, mas não abandonados; prostrados em terra, mas não aniquilados. Incessantemente e por toda parte trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, afim de que a vida de Jesus seja também manifestada em nosso corpo." (II Coríntios 4:7-10)