O pecado de Esaú foi desprezar
Mas a benção de Deus Jacó soube valorizar.
Deus tem bençãos para mim que ainda vou conhecer
E como Jacó transformado eu vou ser.
(Radicais Kids)
E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.
(Hebreus 12:16,17)
Esse episódio é relatado no livro de Gn 25:27-34, Esaú chega do campo cansado e faminto. Jacó, por sua vez, estava cozinhando (uma ensopado vermelho). Ante a esse quadro Esaú pede que Jacó lhe dê um pouco do cozido, todavia, Jacó propõe a seu irmão uma negociação: "Em troca da comida eu quero seu direito de filho mais velho". Como sabemos, Esaú aceita, troca seu direito de receber a bênção da primogenitura por um prato de comida. Quando li essa história pela primeira vez, minha ótica de "vilão" era para Jacó, interiormente eu pensava: Jacó era tão Jacó que tentava tirar vantagem de tudo, até do seu irmão, que trapaceiro esse Jacó.
Mas, como o decorrer da história percebemos qual era a motivação do coração de Jacó e a motivação do coração de Esaú. Jacó sabia com detalhes o que significava a benção do filho mais velho (primogenitura); não tinha a ver apenas com bens materiais, de receber uma parte maior que seus irmãos, tinha a ver em ser herdeiro das promessas espirituais que tiveram origem em Abraão. Jacó, com certeza sabia dos detalhes que acompanhariam o portador dessa benção espiritual, a linhagem do messias. Diferentemente, Esaú, que provavelmente tinha pouco conhecimento e interesse em conhecer o valor desse direito, isso é visível em sua exclamação: "De que me serve esse direito...".
Outra questão que gostaria de pontuar e colocar como fundamento que revela a motivação do coração de Esaú é sua reação em Gn 27:41, no momento em que descobre que Jacó roubou sua benção e o que lhe restou foi apenas: "Longe dos lugares férteis da terra será sua habitação, e sem orvalho que cai do alto....", vemos que ele fica furioso e nutre um ódio mortal contra Jacó. Todavia, no momento do concerto com Jacó, após 20 anos (Gn 33:9), ele simplesmente responde: Tenho muitos bens... Ou seja, "está tudo bem, sou rico e tenho tudo que quero". O conceito de benção para Esaú era simplesmente riquezas materiais, aquilo que olhos podiam ver, as mãos apalpar e encher o estômago. Em momento nenhum vemos nos capítulos bíblicos o despertar de Esaú para olhar além do natural.
Por outro lado Jacó, além de experiências profundas e pessoais com o Senhor se tornou o tronco de uma nação separada para o Senhor, o berço do messias. Jacó experimentou as riquezas celestiais, se tornou participante do mover de Deus em sua geração. Jacó viveu no centro da vontade de Deus pois valorizou as coisas espirituais.
Hoje não é diferente, tanto é que o escritor aos Hebreus fez questão de ressaltar a atitude profana e devassa que Esaú teve para com Deus. Desprezar as benção de Deus é desprezar o próprio Deus. Desprezar é negociar, trocar aquilo que é espiritual e eterno, por aquilo que é terreno e passageiro. De forma prática: desprezamos o espiritual quando preferimos um filme a participar do culto; desprezamos quando há uma convocação do seu líder ou pastor para um ato profético (algo direcionado por Deus), e muitas vezes pensamos: "Ah! Que besteira, do que vai me servir isso..." e preferimos ir a um show; Desprezamos quando temos disposição em desembolsar R$ 300,00 para ir a um "Rock in Rio" (o valor é muito maior que o citado), mas achamos um absurdo pagar R$ 50,00 em uma conferência ou capacitação ministerial, ou algo que irá edificar seu espírito.
Precisamos parar de ser hipócritas e dizer que amamos ao Senhor, que nosso coração e prazer se encontram nele, se na verdade não estão. Jesus foi muito categórico quando disse: "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." (Mateus 6:21)
Naquilo que eu coloco o meu dinheiro é onde vai estar meu coração. Se meu investimento é em algo que dá mais dinheiro, meu coração estará nisso. Mas, se meu coração está no reino, vou investir sem dor ou sofrimento algum, o meu dinheiro nas coisas do reino! Quem vê na ótica de Esaú não vê o reino como investimento, mas como desperdício; quem vê na ótica de Jacó, enxerga o reino como investimento eterno!
Quando cito esse exemplo, não estou dizendo que Deus precisa do nosso dinheiro, pelo contrário. Quando entendemos o princípio da mordomia, de que nada nos pertence, que tudo vem Dele, não nutrimos esse coração arrogante e apegado ao dinheiro (e demais coisas materiais). Quando Jesus faz essa afirmação, ele está nos dizendo o seguinte: "Você diz que me ama e me adora, então prepare-se pois você será testado!" Deus não precisa do nosso dinheiro, mais uma vez repito, mas em nosso dia a dia somos testados, e se pararmos para analisar veremos onde está o nosso coração.
Ante a isso concluímos as consequências do desprezar: 1º) Ser removido da posição da benção (da posição de direito) - Jacó, mesmo com todas as suas falhas e erros, foi colocado no lugar que era por direito de Esaú; 2°) Não viver uma vida no centro da vontade de Deus (consequentemente, nunca ter vivido no conceito de Deus); 3º) Viver sem discernimento (ou cego) - Alheio à direção de Deus, não conseguindo discernir o que vem de Deus, o que vem do homem e o que vem do inimigo (os sem discernimento segundo Paulo são os imaturos ou crianças espirituais); 4°) Podemos não ter uma segunda chance - existem testes que são cruciais e irreversíveis em nossa vida, como foi na vida de Esaú.
Que possamos ser despertados nesses dias de apostasia e discernimento espiritual embotado, que possamos ter essas palavras vivas dentro de nós: "E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura."
Profanar fala de desonrar, desprezar. Que possamos honrar o nome do Senhor com nossas atitudes e escolhas, que possamos ser filhos / servos que honram!
Mas, como o decorrer da história percebemos qual era a motivação do coração de Jacó e a motivação do coração de Esaú. Jacó sabia com detalhes o que significava a benção do filho mais velho (primogenitura); não tinha a ver apenas com bens materiais, de receber uma parte maior que seus irmãos, tinha a ver em ser herdeiro das promessas espirituais que tiveram origem em Abraão. Jacó, com certeza sabia dos detalhes que acompanhariam o portador dessa benção espiritual, a linhagem do messias. Diferentemente, Esaú, que provavelmente tinha pouco conhecimento e interesse em conhecer o valor desse direito, isso é visível em sua exclamação: "De que me serve esse direito...".
Outra questão que gostaria de pontuar e colocar como fundamento que revela a motivação do coração de Esaú é sua reação em Gn 27:41, no momento em que descobre que Jacó roubou sua benção e o que lhe restou foi apenas: "Longe dos lugares férteis da terra será sua habitação, e sem orvalho que cai do alto....", vemos que ele fica furioso e nutre um ódio mortal contra Jacó. Todavia, no momento do concerto com Jacó, após 20 anos (Gn 33:9), ele simplesmente responde: Tenho muitos bens... Ou seja, "está tudo bem, sou rico e tenho tudo que quero". O conceito de benção para Esaú era simplesmente riquezas materiais, aquilo que olhos podiam ver, as mãos apalpar e encher o estômago. Em momento nenhum vemos nos capítulos bíblicos o despertar de Esaú para olhar além do natural.
Por outro lado Jacó, além de experiências profundas e pessoais com o Senhor se tornou o tronco de uma nação separada para o Senhor, o berço do messias. Jacó experimentou as riquezas celestiais, se tornou participante do mover de Deus em sua geração. Jacó viveu no centro da vontade de Deus pois valorizou as coisas espirituais.
Hoje não é diferente, tanto é que o escritor aos Hebreus fez questão de ressaltar a atitude profana e devassa que Esaú teve para com Deus. Desprezar as benção de Deus é desprezar o próprio Deus. Desprezar é negociar, trocar aquilo que é espiritual e eterno, por aquilo que é terreno e passageiro. De forma prática: desprezamos o espiritual quando preferimos um filme a participar do culto; desprezamos quando há uma convocação do seu líder ou pastor para um ato profético (algo direcionado por Deus), e muitas vezes pensamos: "Ah! Que besteira, do que vai me servir isso..." e preferimos ir a um show; Desprezamos quando temos disposição em desembolsar R$ 300,00 para ir a um "Rock in Rio" (o valor é muito maior que o citado), mas achamos um absurdo pagar R$ 50,00 em uma conferência ou capacitação ministerial, ou algo que irá edificar seu espírito.
Precisamos parar de ser hipócritas e dizer que amamos ao Senhor, que nosso coração e prazer se encontram nele, se na verdade não estão. Jesus foi muito categórico quando disse: "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." (Mateus 6:21)
Naquilo que eu coloco o meu dinheiro é onde vai estar meu coração. Se meu investimento é em algo que dá mais dinheiro, meu coração estará nisso. Mas, se meu coração está no reino, vou investir sem dor ou sofrimento algum, o meu dinheiro nas coisas do reino! Quem vê na ótica de Esaú não vê o reino como investimento, mas como desperdício; quem vê na ótica de Jacó, enxerga o reino como investimento eterno!
Quando cito esse exemplo, não estou dizendo que Deus precisa do nosso dinheiro, pelo contrário. Quando entendemos o princípio da mordomia, de que nada nos pertence, que tudo vem Dele, não nutrimos esse coração arrogante e apegado ao dinheiro (e demais coisas materiais). Quando Jesus faz essa afirmação, ele está nos dizendo o seguinte: "Você diz que me ama e me adora, então prepare-se pois você será testado!" Deus não precisa do nosso dinheiro, mais uma vez repito, mas em nosso dia a dia somos testados, e se pararmos para analisar veremos onde está o nosso coração.
Ante a isso concluímos as consequências do desprezar: 1º) Ser removido da posição da benção (da posição de direito) - Jacó, mesmo com todas as suas falhas e erros, foi colocado no lugar que era por direito de Esaú; 2°) Não viver uma vida no centro da vontade de Deus (consequentemente, nunca ter vivido no conceito de Deus); 3º) Viver sem discernimento (ou cego) - Alheio à direção de Deus, não conseguindo discernir o que vem de Deus, o que vem do homem e o que vem do inimigo (os sem discernimento segundo Paulo são os imaturos ou crianças espirituais); 4°) Podemos não ter uma segunda chance - existem testes que são cruciais e irreversíveis em nossa vida, como foi na vida de Esaú.
Que possamos ser despertados nesses dias de apostasia e discernimento espiritual embotado, que possamos ter essas palavras vivas dentro de nós: "E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura."
Profanar fala de desonrar, desprezar. Que possamos honrar o nome do Senhor com nossas atitudes e escolhas, que possamos ser filhos / servos que honram!