domingo, 21 de abril de 2013

Peregrinos

"A terra não será vendida perpetuamente, pois a terra me pertence e vós sois para mim estrangeiros e hospedes." (Levíticos 25:23)



É lindo como a palavra de Deus é viva, transformadora, penetrante, cortante e incrivelmente apaixonante...Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. (Hebreus 4:12)
Esse texto de Levíticos é um fragmento da lei que versa sobre a venda e uso da terra, a qual o povo de Israel iria se tornar herdeiro, e percebemos a profundidade do mesmo e de sua dimensão não apenas para aquela época histórica e para o povo semita.Contudo, por meio das muitas revelações presenteadas a nós, por meio do Espírito Santo, compreendemos que Deus tem seu povo (gentios e não gentios) como estrangeiro, hospede nessa terra. 
Cada um de nós, nascidos da água e do Espírito, somos peregrinos nessa terra, estamos apenas de passagem nesse mundo tenebroso. E como a antiga e preciosa obra de John Bunyan bem ilustra, o seguir a Cristo é todos os dias permanecer no caminho, posto que nesse caminho encontramos adversidades e provações; em suas diversas formas nos aparece o tentador e suas armadilhas ardilosas; aprendemos a lanças sobre Ele nossos fardos e pegar o Dele que é leve e suave...com isso, nos tornamos mais habilidosos na Guerra diária, e aprendemos a manusear com maior agilidade a espada e a valorizá-la mais que o ar que respiramos, posto que ela torna-se nosso respirar. 
Peregrinos que caminham em busca da cidade celestial, com a certeza de que a Nova Jerusalém é a porção e herança daqueles que venceram em sua peregrinação. Bem disse Jesus: "Eu venci o mundo..." e se Ele venceu também podemos vencer, pois Ele é nosso padrão, por meio dele somos aperfeiçoados.
Peregrinos que amam a palavra de Deus, pois entenderam que é por meio dela que permanecem no caminho, vencendo seu adversário. Peregrinos testados e aprovados pelo Pai, que espera ardentemente a volta de seus filhos para o verdadeiro lar. 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Odres Novos


"Ninguém põe vinho novo em odres velhos; caso contrário, o vinho novo estourará os odres, derramar-se-á, e os odres ficarão inutilizados. Põe-se, antes, vinho novo em odres novos. Mas ninguém, após ter bebido vinho velho, quer do novo. Pois diz: O velho é que é bom!" 
(Lucas 5:37-39)

Jesus ao dizer isso, mostra a completa incapacidade dos religiosos compreenderem a profundidade de suas palavras e a verdade das boas novas. Como se tornaram, por meio de seu muito conhecer, odres velhos. Cheios do ranço da Lei, incapazes de compreender a intensidade da verdade e experimentar o sabor do vinho novo oferecido pelo filho do homem.
O que acontece no primeiro momento, em que nos deparamos com esse fragmento das
escrituras, é a condenação e o julgamento. Nos segregamos dos religiosos, considerando-nos muito sensíveis às direções e revelações dadas pelo Espírito. Não nos visualizamos em momento algum como religiosos, cheios de ranço e rapina. Não conseguimos perceber que em muitas situações da vida cristã temos atitudes farisaicas, cegos pela experiência que dizemos ter e pelo orgulho no qual nos estabelecemos.

Mas essa mesma incapacidade dos odres velhos receberem o vinho novo nos remete ao livro de Jeremias na casa do Oleiro. Para as mãos daquele que nos quebra e faz de novo.
"E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer."

(Jeremias 18:3-4) 







Nossa suplica diante do Oleiro é para que Ele tenha misericórdia, não nos deixando perecer sem o vinho novo... aquele que Ele tem para derramar em nós diariamente. Devemos nos humilhar e clamar para que possamos ser quebrados e refeitos pelas mãos do Oleiro. Pois sem essa remodelagem diária, sem essa constante metamorfose não experimentaremos a alegria completa da palavra de Deus. Sem sermos quebrados e refeitos jamais experimentaremos as delícias do vinho novo, das palavras de vida eterna do amado de nossas almas.

Sem permitirmos que Oleiro transforme-nos no que Ele bem entender não poderemos experimentar os beijos do noivo (Cantares 1:2) por meio de sua palavra. Sem quebrantamento os dedos do Oleiro não podem deslizar no vaso e aperfeiçoá-lo... se permanecermos como odres velhos ou vasos duros não seremos contemplados com as revelações do Rhema, proporcionados pelo Espírito de Deus... correndo sérios riscos de vida, pois a letra mata!