Normalmente o costume é passar do dia 24 para o 25 de dezembro, comendo, trocando presentes, com a casa cheia de pessoas, algumas intimas, outras distantes e outras estranhamente estranhas. O intuito aqui não é de absolver ou condenar alguém, mas de compartilhar uma reflexão na qual me peguei a alguns minutos atrás.
Paulo, em sua carta aos corintos, nos ensina que sem amor nada vale a pena, nem mesmo a morte ou qualquer tipo de sacrifício teria sentido, nossa existência seria vazia e a essência interior não passaria de algo raso e mesquinho. As vezes parece um detalhe tão pequeno, passível de ser usado em ocasiões que nos convém, contudo é o principal. Quando aprendemos a nos relacionar com nosso Criador passamos a compreender melhor a profundidade e o significado do amor.
Hoje, à meia noite, meu pai resolver fazer biscoitos de queijo (confesso que não estava nem um pouco animada). Não temos o costume de comemorar o natal de forma convencional, com peru, farofa, árvores e presentes. E foi amassando, com as instruções do meu pai, que percebi a importância de amarmos as pessoas como se não houvesse amanhã, valorizando cada momento por mais inconveniente que ele pareça ser. Se são aqueles vividos com a pessoa amada, com toda certeza estão a cima de qualquer data ou formalismo, e sempre nos tirarão do automatismo rotineiro.
A vida é um dom tão interessante e sublime que precisamos aproveitá-la ao máximo, de forma sábia e nos dedicando àquilo que realmente é precioso. Somos convidados a todos os dias a desfrutar das pessoas que amamos, pois elas podem ser recolhidas de forma súbita ou gradativa. Ame todos os dias...essa é a essência que nos torna semelhantes ao Criador...é a essência que nos completa na medida exata.
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