sábado, 11 de maio de 2013

O Temor

"O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os estultos desprezam a sabedoria e a disciplina."
(Provérbios 1:7)

Muitas vezes temos o costume de entender e interpretar esse temor à Deus como algo servil e obrigacional, como se fossemos seus escravos, condicionados a servi-lo e ter medo de sua pessoa. O Temor expresso nos primeiros versos de provérbios, por Salomão, possui o mesmo sentido do temor deuteronômico. Um amor que corresponde ao amor de Deus por nós. 

"[...] assim, temas ao Senhor teu Deus e observes todos os seus estatutos e mandamentos [...] Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor! Portanto, amarás ao Senhor teu Deus com todo teu coração, com toda tua alma e com toda a tua força." (Deuteronômio 6:2,4-5)

O temor significa que estamos correspondendo ao amor do Pai por nós, portando a obediência absoluta aos seus estatutos e mandamentos é a forma que temos de temê-lo e amá-lo com todo nosso coração, com todo nosso entendimento e toda nossa força. Parece fácil ler esses versículos, principalmente este que é o primeiro e maior  de todos os mandamentos, contudo, vivê-lo só se torna real quando experimentamos esse amor que transcende todo entendimento, que perpassa toda existência física, tornando-se algo epifânico em nossa rotina. Quando isso acontece nos tornamos viciados nesse amor,  e conseguimos ver a transformação do logos em rhema, desejando que todos os dias esse amor nos consuma e nos constranja, nos embriague, nos encontre e nos envolva.



O Senhor Deus, o qual servimos e o chamamos de Pai, nos criou para um propósito em específico e principal-vital, para que pudéssemos nos relacionar com Ele. Mais uma vez, não me canso de dizer que o nosso Deus é um Deus relacionável, que nos ama profundamente e sente uma violenta saudade de nós. Todos os dias, todas as horas e segundos somos uma renúncia para Ele. 
Temê-lo é corresponder a esse amor, temê-lo é entender que Ele é o centro, pois é por Ele e por meio Dele que existimos. Temê-lo é entender que fomos libertos da gaiola, que não somos mais escravos de nossas próprias vontades e desejos, temê-lo é entender que não existe outro lugar melhor onde podemos estar do que nos braços do papai. O temor é sinônimo de respeito, não há dúvidas, posto que no amor é necessário que haja respeito recíproco entre os que se amam. Sendo que a sabedoria e o conhecimento seriam apenas os frutos desse relacionamento entre dimensões.
Temê-lo é simplesmente amá-lo. 


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