E aconteceu que, quando Faraó
deixou ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que
estava mais perto; porque Deus disse: Para que porventura o povo não se
arrependa, vendo a guerra, e volte ao Egito.
Mas Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto do Mar Vermelho; e armados, os filhos de Israel subiram da terra do Egito. E Moisés levou consigo os ossos de José, porquanto havia este solenemente ajuramentado os filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará; fazei, pois, subir daqui os meus ossos convosco.
Assim partiram de Sucote, e acamparam-se em Etã, à entrada do deserto. E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite.
(Êxodo 13:17-22)
Introdução: Essa palavra foi compartilhada em uma mentoria escatológica que participei pela abase.org, por Dalton Thomas. Missionário norte americano que lidera a FAI (Frontier Alliance International), agencia missionária que trabalha diretamente com o povo palestino (mulçumanos / árabes e israelenses) nas regiões de conflito no Oriente Médio.
É muito importante olharmos para o passado antes que falarmos do futuro, há sempre padrões e ciclos. Todos nós conhecemos a história do êxodo, todavia o capítulo 13 nos mostra o porquê que eles tiveram que pegar o caminho mais longo, e não o desvio pela terra dos filisteus. Quando olhamos o mapa, percebemos que o caminho é bem curtinho para a terra de Canaã, passando pela faixa de Gaza. O povo não estava preparado para conquistar sua herança. Olhando para os elementos principais do texto: havia uma aliança, um inimigo que nos quer destruir, um caminho curto e um caminho longo que evita o conflito. Os livros de Números e Deuteronômio são frutos do caminho longo, do despreparo para a guerra.
Eu acredito que a mensagem Maranata é o caminho curto! Naquela época Deus corria o risco de acabar com uma geração inteira, pela falta de preparo deles para a guerra. A Igreja do ocidente pegou o caminho longo; e eu acredito que Deus está levando um grupo de pessoas que irá pegar o caminho curto, para que essas pessoas liderem por esse caminho. E o segredo é não desanimar quando estiver diante da batalha. Eu acredito que Deus está segurando o prumo na Igreja mundial e alinhando o que está torto, e Ele está fazendo isso por meio da mensagem Maranata[2]. Acredito, ainda, que esse prumo serve para nos ajudar a ir por esse caminho curto.
Veja bem, a travessia do Mar Vermelho é algo que Deus fez, mas que Deus não queria fazer; posto que, o desejo de Deus era que eles tivessem cruzado pelo caminho curto, evitando o deserto. Da mesma forma na volta de Jesus, muitos vão escolher o caminho longo, e vão perder o que Deus estará fazendo no caminho curto. O ponto central aqui é estar preparado, para não se arrepender da escolha.
Hoje podemos perguntar ao Senhor: pessoalmente como homem e coletivamente como corpo (igreja), qual é nosso caminho mais curto? Acredito que existem coisas que entregamos nossa vida a elas que nos deixam despreparados para a guerra. Por meio de todas essas escolhas seremos pessoas do caminho curto ou do caminho longo; isso dirá se seremos um povo preparado ou se seremos um povo imaturo que Deus optará por nos poupar do conflito, como fez com os israelitas após a saída do Egito.
Nossa Bíblia teria sido um pouco mais curta, se o povo estivesse preparado. Nem todo deserto Deus gostaria que passássemos por ele. O deserto é algo precioso, entretanto, muitos desertos vêm por nossa imaturidade. A jornada pelo deserto não era o plano de Deus. Se Deus estava pronto para abrir o Mar Vermelho para proteger um povo imaturo o que Deus seria capaz de fazer para um povo maduro?
Então você (Dalton) quer dizer que esse milagre foi desnecessário? O milagre do Mar Vermelho foi um mal necessário, mas o desejo do coração de Deus era que seu povo estivesse preparado para lutar e conquistar a terra. Eu creio que esse é o chamado de Deus para vocês (brasileiros) ser o povo do caminho curto!
Nós
celebramos o caminho do Êxodo, mas, na verdade Deus nem queria que tivesse sido
daquela forma. O que Deus está dizendo a meu respeito hoje? Esse é um homem
(mulher) que desistiria? Ou é aquele que está preparado para a guerra? Eu fico
pensando em quantos milagres Deus faz por nós, simplesmente por misericórdia,
mas estes não são um endosso do que estamos fazendo ou escolhendo.
O caminho mais curto é
o caminho do primeiro mandamento, o caminho longo é o
caminho dos outros deuses. O caminho curto é o caminho de encarar o diabo de
frente, o caminho longo é Deus te protegendo do diabo. Não me entenda mal,
muita coisa boa aconteceu no deserto, mas muita coisa boa poderia ter acontecido
na terra de Israel, e muitas coisas teriam acontecido, como por exemplo: Moisés
poderia ter entrado na terra prometida. E como poderia ter sido diferente se
Moisés tivesse entrado em Canaã.
Pense em todo o ciclo de pecado que foi colocado por conta do caminho longo; pense como a história da redenção teria sido diferente. Essa leitura do livro de Êxodo poderia ter sido diferente. Palavra profética para o Brasil: vá pelo caminho curto e seja exemplo para outras nações. Isso significa sacrifício e rendição completa! Nós queremos maturidade, queremos fazer do jeito de Jesus, queremos ser as pessoas do livro de apocalipse. Um povo preparado para a guerra e para a pressão. O caminho curto, sangrento! Sangrento não é romântico. Eu acredito que o Brasil, vai ser o povo do caminho curto e sangrento!
Durante a Grande Tribulação não haverá opção para o caminho longo. Serão 42 meses (3 anos e meio) de pressão e perseguição. Ser um mártir é um processo de vários “sim’s”; Paulo dizia que ele morria a cada dia. Ninguém acorda um dia e diz: vou ser um mártir. Uma forma de se preparar para ser um mártir é lutar contra o pecado. Muitos pensam que não serão mártires por que pensam que são escolhidos para serem protegidos, por causa disso terão dificuldades.
Deus
tem nos chamado para derramar nossas vidas a seus pés, como anunciou Maria ali
em Betânia. Termino aqui com as palavras do Dalton a respeito de Maria de
Betânia[3]:
Amigos, eu pergunto a vocês: a herança de vocês em Cristo é maior do que tudo o que vocês têm na terra? Oh, pela graça de amá-Lo com tamanho abandono! Você derramará aos pés dEle o que você tem de mais precioso? Você dará a si mesmo por completo a Ele e não se importar quando o mundo lhe escarnecer: “Vejam como ele está jogando fora a sua vida”, ou “Que desperdício de tempo e energia.” Que persistamos em meio à vergonha terrena e deixemos tudo por uma maior herança celestial.
Embora ela nunca tenha dado um
testemunho de mártir em sua morte (pelo menos é o que sabemos), Maria de
Betânia exemplifica o espírito de martírio de forma mais clara do que qualquer
um no Novo Testamento (é por isso que Jesus mandou que os seus discípulos
contassem a história dela a todos os povos e nações a onde eles fossem
enviados). A fragrância da devoção dela profetizou o sacrifício daqueles
futuros mártires presentes na sala naquela noite. Por meio daqueles jovens
rapazes, “o aroma de Cristo” seria difundido entre as nações nas quais mais
tarde eles sangrariam.
Os discípulos nunca se
esqueceriam do aroma daquele perfume. A memória de sua fragrância e a devoção
que ela representava permaneceu com eles até o dia em que eles derramaram as
suas próprias veias na mesma paixão santa que tomou conta dessa preciosa mulher
de Betânia.
Maria derramou o seu óleo. Os
discípulos derramaram o seu sangue. Aos olhos do Senhor, ambas as ofertas eram
belas, não simplesmente porque elas eram custosas, mas porque elas eram
motivadas pelo amor. Esse é o verdadeiro espírito de martírio.
MARANATA!
[2]
O significado da palavra Maranata tem o sentindo de que “Ele veio e também virá”.
Pode ser entendido tanto no passado como futuro. Portanto, a mensagem Maranata é
completa.
[3]
Extraído do livro: Até a morte
Site da FAI: https://www.faimission.org/
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