"Ninguém põe vinho novo em odres velhos; caso contrário, o vinho novo estourará os odres, derramar-se-á, e os odres ficarão inutilizados. Põe-se, antes, vinho novo em odres novos. Mas ninguém, após ter bebido vinho velho, quer do novo. Pois diz: O velho é que é bom!"
(Lucas 5:37-39)
Jesus ao dizer isso, mostra a completa incapacidade dos religiosos compreenderem a profundidade de suas palavras e a verdade das boas novas. Como se tornaram, por meio de seu muito conhecer, odres velhos. Cheios do ranço da Lei, incapazes de compreender a intensidade da verdade e experimentar o sabor do vinho novo oferecido pelo filho do homem.
O que acontece no primeiro momento, em que nos deparamos com esse fragmento das escrituras, é a condenação e o julgamento. Nos segregamos dos religiosos, considerando-nos muito sensíveis às direções e revelações dadas pelo Espírito. Não nos visualizamos em momento algum como religiosos, cheios de ranço e rapina. Não conseguimos perceber que em muitas situações da vida cristã temos atitudes farisaicas, cegos pela experiência que dizemos ter e pelo orgulho no qual nos estabelecemos.
Mas essa mesma incapacidade dos odres velhos receberem o vinho novo nos remete ao livro de Jeremias na casa do Oleiro. Para as mãos daquele que nos quebra e faz de novo.
"E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer."
(Jeremias 18:3-4)
Nossa suplica diante do Oleiro é para que Ele tenha misericórdia, não nos deixando perecer sem o vinho novo... aquele que Ele tem para derramar em nós diariamente. Devemos nos humilhar e clamar para que possamos ser quebrados e refeitos pelas mãos do Oleiro. Pois sem essa remodelagem diária, sem essa constante metamorfose não experimentaremos a alegria completa da palavra de Deus. Sem sermos quebrados e refeitos jamais experimentaremos as delícias do vinho novo, das palavras de vida eterna do amado de nossas almas.
Sem permitirmos que Oleiro transforme-nos no que Ele bem entender não poderemos experimentar os beijos do noivo (Cantares 1:2) por meio de sua palavra. Sem quebrantamento os dedos do Oleiro não podem deslizar no vaso e aperfeiçoá-lo... se permanecermos como odres velhos ou vasos duros não seremos contemplados com as revelações do Rhema, proporcionados pelo Espírito de Deus... correndo sérios riscos de vida, pois a letra mata!
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