terça-feira, 15 de outubro de 2013

Identidade



Na Bélgica, os filhos recebem apenas um sobrenome, o paterno. Podem ser registrados com dois sobrenomes, contudo no documento de identidade só irá constar o sobrenome paterno. Estava conversando com uma amiga, que nasceu e reside nessa região, e a questionei se ela não achava injusto os filhos receberem apenas o sobrenome de seu pai. Ela respondeu o seguinte: "Não acho injusto, porque na Bélgica, como em toda Europa o índice de separação é muito grande, e a quantidade de filhos que não têm um bom relacionamento com o pai é significativo. Muitas mulheres lutam para que seja diferente, que os filhos tenham apenas o nome da mãe, pois julgam que a figura paterna não tem importância. Justamente por isso não acho injusto, pelo fato dos filhos não terem presentes a figura do pai, pelo nome saberão que ele existe, e sua presença é importante."
O índice de casais separados, tanto na Bélgica, como em toda Europa é muito grande, e as consequências são grotescas - elevado índice de pessoas depressivas, estressadas, nervosas e cada vez mais doentes. Essa síndrome não é algo comum apenas em determinadas regiões do mundo, ela é geral. A síndrome do "amor acabou", "não podemos mais viver juntos", "não te quero mais"...É fundamental entendermos o que está por trás disso e qual é o plano angular de família criado por Deus desde o Gênesis.
No princípio Deus formou a primeira família e os abençoou dizendo: E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. (Gênesis 1:27-28) 
Tudo era perfeito, pois éramos semelhantes a Ele. Mas como já sabemos, a perfeição acabou no momento em que o homem e a mulher tomaram a decisão de andar segundo seu próprio conhecimento, quando passaram a viver independentes de seu Criador. E todo o tipo de destruição e dor passaram a existir nos relacionamentos, na natureza e em cada particularidade de toda a criação.
Contudo, o Filho do Homem se levantou para desfazer as obras tecidas até então pelo pecado e a carne. O Filho de Deus, unigênito, se fez carne para mostrar a profundidade a largura e o comprimento do amor de um Deus soberano, poderoso e que estava super afim de ser o nosso Pai. O unigênito, herdeiro de todo o domínio e poder se levantou e se fez do mesmo tipo que nós, seres humanos, destinados a destruição e morte, para que nós pudéssemos nos tornar do mesmo tipo que Ele, espírito!
Hoje, todos aqueles que receberam o Filho, também possuem o direito de serem chamados de filhos de Deus (João 1:12), aqueles que creem no seu nome. Somos filhos, herdeiros do trono. Por mais que as circunstâncias e o tempo que vivemos aqui na terra digam o contrário, não importa, pois o que realmente permanecerá e se concretizará é a Palavra, a verdade. Por mais que nossos pais não sejam presentes, ou mesmo nos rejeitem e nos abandonem tragamos a memoria o que Ele estabeleceu: Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. (Isaías 49:15)
Ele é o nosso pai, fomos gerados por Ele em um dimensão que é eterna. Dele somos herdeiros, tanto nessa vida como na outra que está por vir e não acabará. Essa é a realidade na qual nos encontramos, contudo seria possível vivermos como miseráveis diante de tamanha herança, sendo filhos de tão rico e amoroso Pai?

E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. 
(Romanos 8:17)
Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão.
(Salmos 2:7-8)

Sobre a pergunta a cima, a resposta é sim. É plenamente possível alguém muito rico viver como miserável. Existe uma história que ilustra bem a realidade de muitos filhos que não sabem que são filhos e muito menos das implicações que esse título lhes dá. 

Uma senhora havia trabalhado muitos anos na casa de uma mulher muito rica, ao falecer ela deu de presente um documento, em forma de carta, a essa senhora. Ao receber o presente, muito grata e não sabendo muito bem o que fazer com o documento que recebera, emoldurou e colocou na parede da sala. Um senhor que começou a frequentar a singela e escassa, casa da já idosa senhora, começou a observar aquele curioso quadro na sala. Pediu permissão para levar o documento a um advogado, que constatou que o documento tratava-se de um testamento, onde a patroa rica deixava toda sua fortuna para sua estimada empregada.

Muitos cristão vivem assim, por longos anos de sua vida em Cristo, em um deserto de infantilidade. Sem saberem EXPERIMENTALMENTE de quem são filhos e qual o tamanho e proporção possui a herança deixada por Deus (Pai), conquistada por Cristo na cruz. 
O desafio é, renovarmos a nossa mente - pois de fato viemos de uma mentalidade de escravos, miseráveis - por meio da palavra de Deus, estarmos dispostos a contribuir com o Espírito Santo na transformação da nossa alma, e  experimentarmos viver no centro da vontade de Deus. 
Lembre-se: Você tem um pai, e o nome dele é Deus. Ele te gerou para ser vencedor e co-herdeiro com Cristo. Essa é a nossa identidade de cruz.  

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Hora de Trocar a Plumagem


Os pinguins de Magalhães, são aves marinhas que povoam regiões da América do Sul, como a Patagônia, são animais monogâmicos que se reproduzem uma vez por ano. Algo peculiar e muito apropriado para as condições de vida desse pinguim é a troca da plumagem que também acontece anualmente, essas trocas são fundamentais para que ele consiga mergulhar em águas extremamente geladas e percorrer cerca de 250 km afim de buscar alimento para si e seus filhotes.
Essa roupagem nova recebida pelo pinguim o faz mais resistente, posto que a impermeabilidade de revestimento é maior que anterior, fazendo com que as baixas temperaturas não atinjam sua pele levando a morrer de hipotermia. 
Nós, como os Pinguins de Magalhães, também passamos por diversas trocas de plumagem. São momentos de dor e aparente feiura que são fundamentais para que a nossa plumagem nova seja mais resistente e impermeável à frieza desse mundo, no qual estamos inseridos. Um exemplo bíblico que tenho singular apreço é o processo de troca de plumagem de Noemi e Rute. Uma exclamação conhecida e que ilustra bem esse momento é a seguinte:
"Mas ela respondeu: Não me chameis de Noemi; chamei-me de Mara, pois Shaddai me encheu de amargura. Parti com as mãos cheias, e Iahweh me reconduz de mãos vazias!" (Rute 1:20-21a) 
Talvez no início Noemi não conseguia entender o propósito de Deus naquela dolorosa troca de plumagem, mas Ele não a havia abandonado. Prova disso foi o amparo e a fidelidade de Rute para com a sogra. Deus preparou uma Nora que valia mais do que sete filhos (Rute 4:15) para cuidar de sua filha Noemi. 
As adversidades passadas por essas mulheres não foram poucas, mas todas foram de ínfimo valor para o ministério de cada uma delas - Ser as próximas mães dentro da genealogia de Jesus. Quanto maior é o ministério (o propósito de Deus a ser cumprido aqui na terra) maior é o número de troca de plumagens tidas, e mais impermeável à este século, torna-se o ungido do Senhor. 
O maravilhoso é saber o que nos espera após as adversidades e tribulações. É inexplicável servir a um Deus que nos ama a ponto de não nos deixa "líquidos" e "relativos" sem uma certeza do final. É realmente reconfortante ter a esperança da salvação e como Paulo afirmar:
"Somo atribulados por todos os lados, mas não esmagados; postos em estrema dificuldade, mas não vencidos pelos impasses; perseguidos, mas não abandonados; prostrados em terra, mas não aniquilados. Incessantemente e por toda parte trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, afim de que a vida de Jesus seja também manifestada em nosso corpo." (II Coríntios 4:7-10)

 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Teu coração é seu mestre?

Por diversas vezes ouvi essa expressão entre os dizeres cotidianos, nos diálogos entre mancebos e até mesmo em forma de sátira. De fato, seu coração pode ser seu mestre, e tem sido o mestre de muitos, contudo, a questão é - seria o mestre mais indicado para guiar nossos passos e ações? Seria, o coração, o saber do que realmente necessitamos?
Não tenho tanta certeza quanto a resposta positiva dessas perguntas, posto que o coração é o centro das vontades e emoções humanas, um terreno movediço e instável, traiçoeiro, pouco confiável. Ter o coração como mestre seria o mesmo que entregar-se a um mar de complexidades e confusões constantes, é o mesmo que confiar seu caminho e próximas decisões a tomar nas mãos de um professor que tem dúvida sobre o próprio conteúdo ministrado. 
Como bem expressou Jeremias: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9) - O coração, também chamado de alma foi corrompido pelo pecado. O Espírito do homem morreu, logo seu coração foi escravizado por sua carne, e foi entregue às paixões devastadoras. Quando Jeremias coloca que além de enganoso, nosso coração também perverso, é justamente por conta da proporção que o veneno do pecado afetou a criação, em especial os seres humanos. 
Esse engano é facilmente identificado quando compreendemos o que é a vontade de Deus e o que é a vontade do nosso coração (Eu), e a diferença das consequências dessas duas vontades em nossas vidas. Quando experimentamos uma vez que seja, obedecer a Deus fazendo a sua vontade entendemos o porque que o nosso coração é enganoso, e começamos a identificar que a punhalada nas costas, recebida diversas vezes, era dada pelo traiçoeiro mestre, coração!

"Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas". (I João 3:20)

E é exatamente isso, não sabemos o que queremos, do que gostamos ou do que realmente precisamos, apenas achamos. E nesse achismo acabamos com sérios ferimentos. Deus, o criador de todas as coisas, é o mestre que precisamos, é o mestre que tem pleno conhecimento do nosso ser. Ele sabe exatamente de nossas necessidades, até mesmo aquelas que não conseguimos identificar, como também aquelas em que o nosso coração se confunde. 
Mesmo parecendo que Deus não entende nadica sobre nós, no momento em que ouvimos sua vontade para nossas vidas, não tenha dúvida, é exatamente aquilo que te trará paz e felicidade. Portanto, o coração pode ser seu mestre, mas não um mestre tão bom e certeiro como o seu Criador. O segredo para que tenhamos essa paz que excede a todo entendimento, é permitir que nosso coração esteja alinhado com o coração de Deus. E permitir que o Mestre Jesus, seja o Senhor dos nossos corações, domando-o completamente. 
"Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer". (Provérbios 21:1)
Escolha com sabedoria quem será o mestre de sua vida, quem será o Senhor de suas decisões e ações. Escolha se seu interior será como ribeiros de águas ou como um deserto árido e sem vida. Escolha já o seu Senhor.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Quando as mulheres ficarem Indignadas




Quando as mulheres ficarem indignadas uma revolução irá acontecer,
Crianças serão libertas do império das trevas e os Juvenis viverão em santidade.
Ambos receberão propósitos e se tornarão herdeiros de tesouros eternos...
Quando as mulheres ficarem indignadas aqueles que possuem apenas um talento serão 
Defendidos e investidos; aqueles que são rejeitados e humilhados e vivem em completa
Escravidão pelo príncipe deste século, serão libertos, sarados e colocados em uma 
Posição de honra...
Quando as mulheres ficarem indignadas e se levantarem como mães dessa geração de órfãos, 
Filhos e filhas não serão mais tocados pelo nosso adversário, mas serão marcados pelo Autor da Vida.
A terra que foi ferida experimentará o renovo e bençãos sem medida...quando as mulheres
Ficarem indignadas!
As casas deixaram de ser frias e divididas e passarão a abraçar famílias saradas e consagradas ao Criador. Lares serão edificados sobre subsídios excelentes, eternos; palavras serão ditas quando pensadas, pois a sabedoria ornará as frontes das mulheres indignadas. 
Ohh, que mais mulheres possam se indignar contra os absurdos, e mostrarem firmeza ante as adversidades.
Que mais mulheres possam ser movidas por essa divina indignação, pois algo grandioso sempre acontece Quando as mulheres ficam indignadas! 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O que é ser Pastor?




Pastor é aquele que dá sua vida pelo rebanho, que supre as necessidades da ovelha, sejam elas físicas, espirituais ou sentimentais.
Pastor é aquele que fornece o alimento diariamente, guarda em oração, reconhece o valor de cada ovelha, por mais pequenina e frágil que ela seja. Sua dedicação e encargo são análogos a um pai amoroso que visualiza potencial e força a onde ninguém vê, sua paixão é tamanha que o faz suportar noites inteiras de vigília para que o rebanho não seja ceifado.
Pastor é aquele que acompanha o crescimento com confiança de que cada pequeno passo é uma grande vitória. É aquele que se desdobra para fazer o utópico acontecer, mostrando que milagres são reais e o maior deles acontece no invisível, aonde ninguém vê, mas onde somos capazes de sentir.
Ser pastor e olhar além do que os olhos podem ver, é ter a certeza de que aquilo que não estamos vendo existe! Pastorear é profissão de fé.
 Atribuímos esse título antes mesmo de qualquer formalidade ser feita, pois entendemos que a pessoa transcende o título, suas atitudes e ações sempre demonstraram as características de um pastor ressaltadas a pouco. 
Ser Pastor não é apenas título, muito pelo contrário é vocação, não é emprego ou algo que possa ser aprendido em anos de graduação em uma universidade ou curso a distância, mas é suor, empirismo, proximidade, amor...encargo. Ser Pastor é unção que não vem dos homens, mas do alto.
Se hoje estamos em grande número, se hoje recebemos tantos elogios, se hoje somos o que somos é porque esses homens e essas mulheres, que se desdobram no pastoreio, nos mostraram quem é o caminho, quais as características e marcas do Mestre e salvador, Jesus.

sábado, 11 de maio de 2013

O Temor

"O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os estultos desprezam a sabedoria e a disciplina."
(Provérbios 1:7)

Muitas vezes temos o costume de entender e interpretar esse temor à Deus como algo servil e obrigacional, como se fossemos seus escravos, condicionados a servi-lo e ter medo de sua pessoa. O Temor expresso nos primeiros versos de provérbios, por Salomão, possui o mesmo sentido do temor deuteronômico. Um amor que corresponde ao amor de Deus por nós. 

"[...] assim, temas ao Senhor teu Deus e observes todos os seus estatutos e mandamentos [...] Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor! Portanto, amarás ao Senhor teu Deus com todo teu coração, com toda tua alma e com toda a tua força." (Deuteronômio 6:2,4-5)

O temor significa que estamos correspondendo ao amor do Pai por nós, portando a obediência absoluta aos seus estatutos e mandamentos é a forma que temos de temê-lo e amá-lo com todo nosso coração, com todo nosso entendimento e toda nossa força. Parece fácil ler esses versículos, principalmente este que é o primeiro e maior  de todos os mandamentos, contudo, vivê-lo só se torna real quando experimentamos esse amor que transcende todo entendimento, que perpassa toda existência física, tornando-se algo epifânico em nossa rotina. Quando isso acontece nos tornamos viciados nesse amor,  e conseguimos ver a transformação do logos em rhema, desejando que todos os dias esse amor nos consuma e nos constranja, nos embriague, nos encontre e nos envolva.



O Senhor Deus, o qual servimos e o chamamos de Pai, nos criou para um propósito em específico e principal-vital, para que pudéssemos nos relacionar com Ele. Mais uma vez, não me canso de dizer que o nosso Deus é um Deus relacionável, que nos ama profundamente e sente uma violenta saudade de nós. Todos os dias, todas as horas e segundos somos uma renúncia para Ele. 
Temê-lo é corresponder a esse amor, temê-lo é entender que Ele é o centro, pois é por Ele e por meio Dele que existimos. Temê-lo é entender que fomos libertos da gaiola, que não somos mais escravos de nossas próprias vontades e desejos, temê-lo é entender que não existe outro lugar melhor onde podemos estar do que nos braços do papai. O temor é sinônimo de respeito, não há dúvidas, posto que no amor é necessário que haja respeito recíproco entre os que se amam. Sendo que a sabedoria e o conhecimento seriam apenas os frutos desse relacionamento entre dimensões.
Temê-lo é simplesmente amá-lo. 


domingo, 21 de abril de 2013

Peregrinos

"A terra não será vendida perpetuamente, pois a terra me pertence e vós sois para mim estrangeiros e hospedes." (Levíticos 25:23)



É lindo como a palavra de Deus é viva, transformadora, penetrante, cortante e incrivelmente apaixonante...Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. (Hebreus 4:12)
Esse texto de Levíticos é um fragmento da lei que versa sobre a venda e uso da terra, a qual o povo de Israel iria se tornar herdeiro, e percebemos a profundidade do mesmo e de sua dimensão não apenas para aquela época histórica e para o povo semita.Contudo, por meio das muitas revelações presenteadas a nós, por meio do Espírito Santo, compreendemos que Deus tem seu povo (gentios e não gentios) como estrangeiro, hospede nessa terra. 
Cada um de nós, nascidos da água e do Espírito, somos peregrinos nessa terra, estamos apenas de passagem nesse mundo tenebroso. E como a antiga e preciosa obra de John Bunyan bem ilustra, o seguir a Cristo é todos os dias permanecer no caminho, posto que nesse caminho encontramos adversidades e provações; em suas diversas formas nos aparece o tentador e suas armadilhas ardilosas; aprendemos a lanças sobre Ele nossos fardos e pegar o Dele que é leve e suave...com isso, nos tornamos mais habilidosos na Guerra diária, e aprendemos a manusear com maior agilidade a espada e a valorizá-la mais que o ar que respiramos, posto que ela torna-se nosso respirar. 
Peregrinos que caminham em busca da cidade celestial, com a certeza de que a Nova Jerusalém é a porção e herança daqueles que venceram em sua peregrinação. Bem disse Jesus: "Eu venci o mundo..." e se Ele venceu também podemos vencer, pois Ele é nosso padrão, por meio dele somos aperfeiçoados.
Peregrinos que amam a palavra de Deus, pois entenderam que é por meio dela que permanecem no caminho, vencendo seu adversário. Peregrinos testados e aprovados pelo Pai, que espera ardentemente a volta de seus filhos para o verdadeiro lar. 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Odres Novos


"Ninguém põe vinho novo em odres velhos; caso contrário, o vinho novo estourará os odres, derramar-se-á, e os odres ficarão inutilizados. Põe-se, antes, vinho novo em odres novos. Mas ninguém, após ter bebido vinho velho, quer do novo. Pois diz: O velho é que é bom!" 
(Lucas 5:37-39)

Jesus ao dizer isso, mostra a completa incapacidade dos religiosos compreenderem a profundidade de suas palavras e a verdade das boas novas. Como se tornaram, por meio de seu muito conhecer, odres velhos. Cheios do ranço da Lei, incapazes de compreender a intensidade da verdade e experimentar o sabor do vinho novo oferecido pelo filho do homem.
O que acontece no primeiro momento, em que nos deparamos com esse fragmento das
escrituras, é a condenação e o julgamento. Nos segregamos dos religiosos, considerando-nos muito sensíveis às direções e revelações dadas pelo Espírito. Não nos visualizamos em momento algum como religiosos, cheios de ranço e rapina. Não conseguimos perceber que em muitas situações da vida cristã temos atitudes farisaicas, cegos pela experiência que dizemos ter e pelo orgulho no qual nos estabelecemos.

Mas essa mesma incapacidade dos odres velhos receberem o vinho novo nos remete ao livro de Jeremias na casa do Oleiro. Para as mãos daquele que nos quebra e faz de novo.
"E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer."

(Jeremias 18:3-4) 







Nossa suplica diante do Oleiro é para que Ele tenha misericórdia, não nos deixando perecer sem o vinho novo... aquele que Ele tem para derramar em nós diariamente. Devemos nos humilhar e clamar para que possamos ser quebrados e refeitos pelas mãos do Oleiro. Pois sem essa remodelagem diária, sem essa constante metamorfose não experimentaremos a alegria completa da palavra de Deus. Sem sermos quebrados e refeitos jamais experimentaremos as delícias do vinho novo, das palavras de vida eterna do amado de nossas almas.

Sem permitirmos que Oleiro transforme-nos no que Ele bem entender não poderemos experimentar os beijos do noivo (Cantares 1:2) por meio de sua palavra. Sem quebrantamento os dedos do Oleiro não podem deslizar no vaso e aperfeiçoá-lo... se permanecermos como odres velhos ou vasos duros não seremos contemplados com as revelações do Rhema, proporcionados pelo Espírito de Deus... correndo sérios riscos de vida, pois a letra mata!


terça-feira, 19 de março de 2013

Fazendo a diferença



Fazer amor


Fazer amor é o mais profundo e íntimo,
Que alguém pode chegar de outrem... A alma...
Fazer amor é sentir o outro com apenas um triscar
De dedos...é compartilhar angústias, matar o medo
Presente em si e na pessoa amada...

Somos como árvores... plantadas em terreno árido...
Podemos ser sobreviventes, nos contentando em nutrir-nos
De xilema, que ligam os profundos lençóis freáticos à nossas raízes
E percorre por todo nosso corpo a seiva vital, e floema, vasos elaborados
Que nos ligam ao ar... Sendo árvores aparentemente secas, que não produzem folhas,
Flores e muito menos frutos... apenas sobreviventes...

Contudo, podemos surpreender nossos espectadores produzindo
Flores no deserto... Fornecer sombra agradável aos viajantes enfadados
Do escaldante sol... E porque não frutos!?

Viajantes estes que estão carentes de afeto, não conhecem a verdadeira
Essência do amor... e de seus frutos...Estão familiarizados com um sentimento Banal, egoísta, fútil... Superficial... Frio... e seco...
E o mais paradoxal e peculiar é que ao mesmo tempo
Que somos árvores também somos viajantes...
Faça amor...


domingo, 10 de março de 2013

Você tem sido uma pedra?


No Meio do Caminho
Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.



"[...] eis que eu farei vir o meu servo, o RENOVO.
Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a iniquidade desta terra num só dia." 
(Zacarias 3:8-9)


Esse texto foi escrito séculos antes da vinda de nosso amado Jesus ao mundo físico, na época do profeta Zacarias, por volta 520 a.c. Em todo o livro desse abençoado profeta temos as revelações da vinda do Filho de Deus, em forma de "renovo" e expiação pelas iniquidades de todos. É interessante essa expressão "Renovo" também traduzida diretamente do hebraico sendo "Rebento" e no grego temos a seguinte expressão para a mesma palavra: "Sol que se levanta". E de fato, foi exatamente isso que a vida de cruz vivida por Jesus significou para cada um de nós, o renovo...o rebento...a pedra subsidiária do reino.
Se formos analisar todo o texto de Zacarias 3, temos "Josué" que estava diante do anjo do Senhor, este recebia todas essas palavras do anjo do Senhor, Josué no texto representa ora o povo de Israel, ora o próprio Jesus. No início do texto Josué é chamado de sumo sacerdote, e na nova aliança (novo testamento) Jesus é o sumo sacerdote, o mediador entre os seres humanos e Deus. A raiz do nome Josué tem o mesmo significado do nome Jesus, não é atoa que o homem que foi escolhido por Deus para conquistar a terra prometida tinha esse nome tão semelhante ao filho de Deus.
Contudo, após essas explanações iniciais gostaria de focar na parte em Deus diz que é posto diante de Israel a pedra única, a pedra angular, o servo do Senhor. Essa pedra é esculpida pelo próprio Deus, lapidada para ser boca dEle, para ser a expressão exata da sua glória aqui na terra. Jesus foi essa pedra angular. Talvez pensemos que o Cristo já veio pronto, colocado em um corpo de carne, com superpoderes e totalmente resistente a todo tipo de fraqueza. Não, meus queridos! A bíblia diz que Ele foi lapidado, o filho do Deus altíssimo foi tratado. 
Da mesma maneira somos nós, todos os dias somos tratados, amassados...refeitos...pisados como as uvas, para que possamos produzir algo saboroso, para que possamos ser transformados como Ele em vasos para a honra do nosso Deus. Jesus passou por todo esse processo, o mesmo processo que nós, filhos de Deus somos convocados a passar. E por passar no teste e ser aprovado de forma excelente, a profecia se cumpriu...e Jesus se tornou uma pedra no meio do caminho. 
A pedra no meio do caminho de satanás, a pedra no meio do caminhos dos religiosos, a pedra no meio do caminho dos hipócritas...a pedra que sustenta a igreja aqui na terra....a pedra que sustenta outras pedras no mundo dos humanos. 
A pergunta de hoje é: você tem sido uma pedra no meio do caminho? (risos) É engraçado que Carlos Drumond Andrade falou sobre isso, talvez, sem nem conhecer as verdades nas quais falamos. Temos incomodado o nosso inimigo com nossa maneira de agir? Temos desfalcado o reino das trevas e deixado o nosso adversário furioso a ponto de desejar a nossa morte? 
Enfim...temos sido pedras aqui na terra? Temos sido pedras em nossas gerações? Estamos dispostos a pagar o preço, como Ele pagou, para sermos pedra?
"Vocês nunca leram esta passagem das Escrituras? ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular"
(Marcos 12:10 - Salmo 118:22)
É isso mesmo que estamos lendo...a pedra rejeitada, lembre-se bem dessa palavrinha: REJEITADA...o que foi rejeitado pelos homens, foi aprovado por Deus e se tornou o meio, no qual a iniquidade do mundo foi tirada em apenas um dia (o dia do sacrifício de Jesus na cruz do calvário e de sua vitória sobre o pecado e a morte). Esse é uma parte do preço queridos, para sermos pedra! Rejeitados pelo mundo...desprezados pelos homens. 
De fato Jesus foi uma pedra única...contudo, somos seus imitadores...somos seus discípulos, e como tal precisamos ser semelhantes a Ele...cada dia mais...cada dia mais...mais...mais.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Crescer dói



Anos, meses, semanas, dias, horas, segundos...
Tantos momentos vividos e sobrevividos, quantas felicidades,
Surpresas, satisfações, frustrações, infortúnios que
Aprimoram, constroem e desconstroem o ser formado-deformado.
Quantas etapas vencidas, mesmo em meio a embaraços e desapegos.
Oh! Como dói deixar o laço de cabelo... o boné e enfrentar o primeiro dia
De aula – como dói enfrentar o novo.
Essa dor do enfrentamento, de experimentar a metamorfose e sair ileso
Da mesma...essa dor de estar cara a cara com o medo e ao mesmo tempo
Perceber que não era tão difícil como imaginávamos...perceber que não era tão
Alto e grotesco como antes víamos.
Oh! Como dói sentar para lavar roupas sujas – e como é mais dolorido saber
Que quanto mais fugimos mais as roupas aumentam e com elas a sujeira, e o que
Eram algumas peças passam a ser um monstro que precisa ser domado...
Oh! Realmente dói...mas quem disse que seria fácil essa vida, como bem disse o poeta, Severina? Quem disse que a dor possui apenas lados ruins e sombrios? Talvez essa tal
Dor seja aquela que desatina sem doer...aquela que passa...e volta....e passa...e Cresce.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Misericórdia Quero...


"Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como um usurário; não lhe imporás usura. Se tomares em penhor o vestido do teu próximo, lho restituirás antes do pôr do sol. Porque aquela é a sua cobertura e o vestido da sua pele; em que se deitaria? Será pois, que, quando clamar a mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso."  (Êxodo 22:25-27)
Esse fragmento da Lei dada por Deus a Moisés e ao povo de Israel é apenas um exemplo do que era a essência da mesma. Nos mostra, ainda, que principio subsidiava todo o mandamento estabelecido pelo Criador. A misericórdia e a compaixão. Ambos nos levam a uma palavrinha pouco conhecida, mas interiormente familiar: Empatia, a capacidade de sentirmos a dor do outro, de nos colocarmos no lugar em que o outro se encontra. Por mais duro fosse o coração daquele povo, como todo coração humano (que não foi tocado pela graça do Pai), o apelo de Deus nunca mudou. "Misericórdia quero, e não sacrifício..." (Mateus 12:7; Oseias 6:6)
Jesus deixou claro aos questionamentos farisaicos e dos demais, que não veio contradizer ou  revogar a Lei estabelecida pelo Pai, mas cumpri-la. Jesus é tão interessante e incrivelmente sábio que mostrava os equívocos cometidos pelos ditos, conhecedores e estudiosos da Lei. E até os dias de hoje suas palavras ecoa em nossos ouvidos, nos levando a refletir se de fato temos entendido a essência dos princípios estabelecidos por Deus. Essa compreensão do cerne abre os nossos olhos e ouvidos para o que o nosso amado noivo nos convida a praticar: ame os vossos inimigos...fazei o bem aos que vos odeiam ... ou seja,  sejam semelhantes ao Pai, amorosos, bondosos, misericordiosos...e assim vocês encontrarão o caminho da felicidade (bem-aventurados). 


"Eis aqui o meu servo, que escolhi, O meu amado, em quem a minha alma se compraz; Porei sobre ele o meu espírito, E anunciará aos gentios o juízo. Não contenderá, nem clamará, Nem alguém ouvirá pelas ruas a sua voz; Não esmagará a cana quebrada, E não apagará o morrão que fumega, Até que faça triunfar o juízo;"
(Mateus 12:18-20)
Concluindo o que foi compartilhado a cima, creio que um versículo que se encaixa perfeitamente à misericórdia e compaixão expressadas por Cristo é Mateus 12:20. Com essas duas expressões grifadas, Ele não veio esmagar aquele que já está quebrado, aqueles que foram abatidos pela destruição e adversidades desse mundo. Mas trazer a misericórdia aos oprimidos de espírito, e padecer pela restauração da cana que foi quebrada, pelas feridas causadas pelos muitos pecados daqueles que um dia estavam sob o julgo do príncipe desde mundo. Ele também não veio para apagar o morrão que fumega, mas reacende-lo e fazer dele uma grande chama ardente. Ele veio arder em nós, acender em nós paixão pelo nome daquele que nos redimiu. Mesmo estando como um "Pavio fumegante" que só expele fumaça, Jesus não nos apaga, contudo derrama mais azeite, mais de sua essência para que possamos resplandecer nas trevas. 
E é esse apelo de misericórdia e compaixão, deixado em atitudes e palavras de sabedoria pelo nosso amado, que precisamos acatar todos os dias. Não esmaguemos a Cana quebrada, nem o morrão que fumega, não sejamos incompreensivos e duros para com os necessitados. Pois não existe um quadro tão sincero e de tamanha empatia como este, o da prostituta preste a ser apedrejada e é salva pela misericórdia do mestre. 
Sempre estamos diante de Deus como ela, meus queridos. Pedindo perdão pelos nossos pecados, nos humilhando, suplicando...e caberia a nós ser a pedra que a matará? Ou o pé que a esmagará? Ou ainda a mão que extirpará a fumaça que ainda resta? 
Não meus amados...as misericórdias do Senhor não são como o azeite que acaba, ou possui prazo de validade, todavia elas se renovam a cada manhã. A misericórdia do Pai acorda antes mesmo de colocarmos nossos pés fora da cama. 

"Bem-aventurado os misericordiosos, pois eles alcançarão misericórdia"
(Mateus 5:7)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Semear e Colher


Algo que precisamos aprender em nossa caminhada com Cristo é não dissociar o mundo Físico do mundo Espiritual. Todo o subsídio, toda a raiz do que vemos, apalpamos e entendemos como mundo físico possuí um nexo no Espiritual. Quando Deus criou o universo, a terra e tudo que nela existe princípios espirituais foram observados e utilizados como parte do fundamento. Tais princípios estabelecidos pelo Criador são inalienáveis e indissociáveis, nem o próprio Deus abdica deles em detrimento de qualquer fato ou ser (seja ele humano ou celeste). Um desses princípios é a "Lei da semeadura", o semear e colher. Por mais que Deus nos ame, e seja loucamente apaixonado pelos seres humanos ele pode nos privar de colher aquilo que plantamos.
Muitos de nós, Cristãos temos o mal habito de refutar tal princípio com argumentações rasas e versículos mal interpretados. Como: Se Jesus pagou o preço na cruz pelos meus pecado, as consequências desses também estavam na cruz. Logo não colherei as consequências dos pecados que cometi ou cometerei. Um versículo mal interpretado e entendido por muitos cristãos nesse sentido é Romanos 8:28 (Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.) não passa pela cabeça da maioria de que o entendimento de "bem" para Deus na maioria das vezes se destona do nosso entender. O "bem" falado aqui por Paulo, não significa que Deus deseja nos privar da cruz, do sofrimento ou dos espinhos, pelo contrário nos fazer passar por tais elementos a ponto de entendermos que são parte de nosso crescimento e compreensão do mundo em que estamos inseridos e as leis-princípios que o regem.
Um revelação muito interessante sobre o tema, que observei na leitura do Prepare-se para a Guerra foi a seguinte:


"E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso." (Lucas 23:39-43)
O "outro" ladrão havia entendido perfeitamente que estava ali colhendo o que havia plantado. Ele merecia ser crucificado pelos crimes que havia cometido. Mas Jesus minutos antes de entregar a Deus seu espírito disse: "Está consumado". A partir desse momento os pecados daquele ladrão que se arrependeu haviam sido pagos, mas será que o ladrão morreu sem nenhum sofrimento? Será que a remissão iria suprimir o semear e colher? Vejamos o que diz no livro do discípulo amado:
"Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas."
(João 19:31-33)
 Como diz o texto, provavelmente, os ladrões ainda ficaram vivos por algumas horas depois que Jesus morreu, e mais, tiveram que suportar a dor agonizante de ter suas pernas quebradas, não podendo mais apoiar-se nas mesmas, apressando assim a morte por sufocamento. Portanto, se o ladrão que foi salvo tivesse sido salvo também de colher o que havia plantado, porque Jesus não o levou imediatamente ao paraíso, no momento em que morreu? Simplesmente porque Jesus pagou o preço pela salvação eterna, mas ele não negou o princípio de que nós devemos colher aquilo que plantamos.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Divagações não tão Passadas ;)



Viajar...

...Faz com que a estima aumente, por aquilo
Que julgamos ser nosso...
...faz com que antigas esperanças renasçam das
Cinzas, como uma Fênix...
...Viajar...verbo intransitivo, seria o anoitecer dos
Ultraromânticos, o horizonte para o sol e o limite
De um mundo sem fronteiras...
A beira de uma janela
Flutuante ou terrena, aérea ou turbulenta
A água e a terra estão a correr,
Nuvens e vento acariciam uma viajem noturna
De uma lágrima que escorre por não saber o motivo de existir... 


E com o decorrer da viajem o desfazer é necessário,

de coisas ignóbeis em sua essência e tão pesadas e elefânticas em sua aparência...
E esse desfazer se faz com tamanha naturalidade que quando nos
damos conta estamos desfeitos...e ao mesmo tempo refeitos...
Metamorfizados pelo caminho, pela verdade e pela vida...

 Maya B.


Obs.: Versinhos de 2009/2013

domingo, 27 de janeiro de 2013

O Governo de Deus


Int
rod
“Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: "Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?" 
Respondeu a mulher à serpente: "Podemos comer do fruto das árvores do jardim, 
mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’ ". 
Disse a serpente à mulher: "Certamente não morrerão! 
Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal". 
Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.” (Gênesis 3:1-6) 

No jardim do Éden (delícias) que Deus havia criado para ser a morada de sua principal criação, os seres humanos, existiam duas árvores principais:
A árvore da vida – que era a personificação do próprio Deus ali no jardim e;
A árvore do conhecimento do bem e do mal – que simbolizava a separação.
Enquanto o homem comia da árvore da vida, ele era governado por Deus, ele tinha o seu criador como SENHOR da sua vida. O próprio Deus habitava dentro da sua criação, pois o homem possuía a vida de Deus. Quando Eva e Adão tomaram a mentira do diabo como verdade, usaram seu poder de escolha e decidiram ser governados por si, ser seu próprio SENHOR, viver sob o seu próprio Governo.

A arma que satanás usou foi a mesma que nasceu em seu coração (o mesmo sentimento) que o corrompeu momentos antes de sua queda, o desejo de ser divinizado, adorado, o desejo de Governar no lugar de Deus.
Com a queda do homem o Governo da vida do homem foi transferido das mãos de Deus para as mãos do próprio homem, ele preferiu fazer suas próprias escolhas, e convenhamos que não foi a melhor opção! Paulo descreve bem as conseqüências dessa escolha insana:

“Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.” (Romanos 3:12-18) 


“Todos pecaram, e estão afastados da presença gloriosa de Deus.” 
(Romanos 3:23) 

Precisamos devolver o Governo de nossas vidas para nosso Criador. Mesmo quando recebemos a salvação pela graça mediante a fé, corremos o risco de não aceitar Jesus como nosso Senhor, apenas como nosso salvador. E isso, meus queridos é um erro, um atraso em nossas vidas. Somos seres limitados que mal conseguem dar conta do presente, quem dirá saber o que é “bom” ou “ruim”. Só conseguiremos ser completos a partir do momento em que entregarmos o Governo de nossas vidas para o nosso Criador, só comeremos o melhor dessa terra se entendermos que Jesus além de salvador deseja ser o nosso Senhor!
Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra; 
(Isaías 1:19) 

Precisamos confiar que o Governo de Deus é o melhor. O Governo de Deus em nós é sobrenatural, é perfeito, justo. As vezes as circunstancias e a nossa carne vai lutar para nos convencer do contrário, por isso é importante guardarmos em nossos corações a palavra de Deus. Para que estejamos convictos de que a vontade de Deus é a melhor.
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)
Confiar, significa obedecer sem questionar. Deus não quer sacrifício, ele quer obediência. O que adianta você sacrificar seu tempo, seu dinheiro, sua comida, mas não sacrificar sua vontade, deixando de obedecer? Quando confiamos em Deus, passamos a ver todos os acontecimentos por outro prisma, entendemos que mesmo que tudo pareça perdido ou amargo o Altíssimo tem um propósito naquela situação. E que ele está no controle.
Precisamos voltar ao jardim e devolver o que foi tirado das mãos dEle. O meu convite hoje é para que possamos voltar ao jardim da intimidade com o Pai e devolver para as mãos dele o Governo de nossas vidas. Deus queria ser escolhido pelos seres humanos desde o inicio, mas ele não queria algo forçado, por isso deixou o direito de escolha em nossas mãos. Ele nos conhece como a palma de sua mão, é o que diz o Salmo 139.





04/01/2012 (Ministrada na semana da Santificação)
Obs.: Achei interessante compartilha-la aqui, posto que nosso mês está no fim, contudo ainda estamos no inicio do ano...um ótimo momento para decidirmos deixar a pessoa certa no controle de nossas vidas ;)

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Corações Circuncidados

"Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão. [...] Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão, a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor  não provém dos homens, mas de Deus." (Romanos 2:25 e 28-29)



O instituto da circuncisão nasceu com a aliança feita entre Abraão e Deus [Gênesis 17:10-11], logo após este homem tentar auxiliar ao Criador no cumprimento da promessa feita [Gênesis 15:5] (tomando Agar no lugar de Sara, para que um filho fosse gerado - Ismael - Gênesis 16:1-3). Em muitos dos discipulados com as meninas respondo essa mesma pergunta..."mas e ai Mayara o que é essa tal de circuncisão?"
É a remoção do prepúcio (a pele que cobre o pênis), no exterior é isso que a circuncisão significa. Mas para nós cristão ela significa a marca de uma aliança entre Deus e o seu povo, da antiga aliança. É interessante questionarmos, mas porque essa representatividade unicamente no homem e num lugar tão intimo? O homem tinha a responsabilidade sacerdotal em seu lar (nos dias de hoje também é assim, desde que este tenha uma aliança com o Criador), de ensinar os preceitos da aliança com o Criador e de cultua-lo. A questão de essa parte do corpo ser um local íntimo, se trata de um princípio estabelecido lá no Éden, no momento da criação. O nosso Deus é um Deus relacionável, Ele quer intimidade, Ele nos chama para isso. E alianças são feitas quando há intimidade.
Contudo a circuncisão foi traga para a nova aliança por meio de Jesus, só que de forma interiorizada. A circuncisão que hoje conhecemos permanece em um lugar intimo, me atrevo a dizer que mais intimo do que na antiga aliança, no coração. E Paulo, em um momento de muitos questionamentos e discordâncias na igreja primitiva, nos chama atenção para o fundamental da circuncisão e do Judeu (Povo de Deus) que a obediência aos mandamentos estabelecidos por Deus. Porque o que estava a muito tempo acontecendo (talvez mais tempo que imaginemos) era existência da circuncisão carnal e do titulo de "Povo de Deus" enquanto o coração, os pensamentos e a vontade estava distante do Criador.
Portanto, sejamos cristãos circuncidados de coração, façamos jus aos títulos de "Povo de Deus", "Nação santa", "Raça eleita"...que o nosso coração possa ser liberto de toda casca, de toda dureza que nos impede de estar em intimidade com o amado de nossas almas. Que o nosso coração seja totalmente dEle, selado pelo Espirito Santo, para que possamos experimentar toda a plenitude de sua glória em nossas vidas.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Do Egito fomos chamados

Depois que partiram, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho e disse-lhe: "Levante-se, tome o menino e sua mãe, e fuja para o Egito. Fique lá até que eu lhe diga, pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo". Então ele se levantou, tomou o menino e sua mãe durante a noite, e partiu para o Egito, onde ficou até a morte de Herodes. E assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: "Do Egito chamei o meu filho". 
(Mateus 2:13-15)



Da mesma forma que O povo de Deus lá em Gênesis (o Israel do Senhor) foi levado ao Egito para não morrer, o nosso Salvador também foi. Mesmo que em contextos históricos distintos e circunstâncias de morte não tão parecidas ambos foram chamados do Egito, como nós.
Israel, o príncipe de Deus, através de José (usado por Deus para cuidar de sua família, os alimentando em um país estrangeiro, no qual era governador) foi levado para uma terra de muitos deuses e de muitos prazeres passageiros. Por muitos anos lá permaneceu a ponto de se prostituir espiritualmente e se conformarem com uma vida de escravidão e migalhas. Mas Deus levantou Moisés, este chamou o filho de Deus, Israel (uma grande nação) para sair do Egito, para abandonar a mentalidade de escravos e se tornarem herdeiros da promessa recebida por seus pais (Abraão, Isaque...). 
Jesus fez o mesmo trajeto, ainda bebê, e retornou à terra prometida após ser chamado novamente por Deus, depois de certo tempo. Nós também fomos chamados do Egito. Deus todos os dias chama seus filhos para não viverem uma vida de escravidão, uma vida de migalhas, uma vida de prazeres passageiros. Esse Egito, em que muitos filhos de Deus vivem, é o mundo.
O chamado de Deus para seus filhos é constante, que se consolidou por meio do sacrifício de Jesus na cruz. Não precisamos mais ser escravos do pecado, não precisamos nos contentar com as migalhas de uma felicidade passageira que Faraó nos oferece. Deus nos chama para sermos só dEle, esse chamado é para a intimidade. 
Esse chamado é para sermos herdeiros da eternidade, herdeiros das promessas e sonhos que Ele tem para cada um de nós. Somos o Israel dEle hoje, escolhidos para sermos príncipes e princesas de um reino que não tem fim. Fomos chamados do Egito para sermos peregrinos, buscando a cidade celestial, a terra prometida. Portanto:

"Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo." 
(Oséias 6:3)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Poema para um dia chuvoso


Ai vai uns versinhos que foram escritos 07/11/2008



Pretérito Perfeito
Mayara Brito

Oh! Que saudades tenho dos regaços
De minhas tias, dos quintais da casa
Antiga, povoados por vinhas e pés de
Romã... As pitangas eram tão vermelhas
E pequenas como eu, as atas ficavam tão
Distantes de minhas mãos, entretanto
Os Jabutis companheiros do chão, do
Meu chão...

As sopas do fim de tarde que minha linda
Nozinha fazia para sua netinha, com aquelas
Sofridas mãos...Os anos a levaram e o tempo
Não a traz mais...
As quitandas da Maria, a tia, mãe-irmã dos filhos
Da Nozinha, que hoje estão longe de mim e de todos...
A vida é boa, me deu uma tia que hoje é avó
Não só minha, mas minha também...

Os porões da casa velha nunca explorados e nem
Habitados, mas vontade não faltava, os olhos
E ouvidos curiosos sempre desejavam ver um dia
Aqueles porões limpos e aconchegantes...
Mas o sonho de mundo perfeito se foi, restando
Do passado apenas os doces e as saudades que
Nozinha deixou... Amo-te...
Quão efêmera é a vida e translúcido é o tempo!
A vontade de viver no mundo dos adultos passou,
Que triste e monótono é ser gente grande:
Decisões, indecisões, dores, horrores, um mundo
Onde “grandes” massacram os indefesos e muitos fazem
O que não pode fazer...

Mesmo que o tempo não possa regressar os meus
Momentos de menina não se foram, sempre existirão,
Estarão guardados em uma caixinha de música que existe
Dentro de mim, nas profundezas do oceano da mulher que
Hoje sou!




terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Primos distantes



"E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu, e deu à luz a Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade conforme o nome de seu filho Enoque" (Gênesis 4:17) 
"E viveu Jerede cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque". (Gênesis 5:18)
 Ambos descendentes de Adão, ambos possuidores de um mesmo nome, talvez primos distantes, de gerações distintas. Onde se encontram suas principais diferenças? Trata-los-íamos como uma mesma pessoa? Não negue que por diversas vezes você passou correndo (por meio de sua leitura bíblica diária) pelas genealogias sem nem se dar ao trabalho em analisar os pormenores. 
Bom...de forma primitiva e a grosso modo, podemos começar por seus pais. O Enoque do capítulo quatro de Gênesis pertence à genealogia de Caim (filho do mesmo); enquanto o Enoque do capítulo cinco de Gênesis pertence à genealogia de Sete (filho de Jarede/Jerede). Ante a isso podemos colocar a diferença de caráter, como também de busca ao Criador que os filhos dessas duas proles de Adão possuíam. Contudo, podemos da mesma maneira dizer que tanto na família de Caim como na família de Sete existiam homens e mulheres que temiam a Deus, como também os que não temiam. 
O primeiro Enoque, percebemos características puramente carnais e descrições suscitas (nenhuma) em relação a suas atitudes para com Deus. O relato que a bíblia nos traz é "ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade conforme o nome de seu filho...", mostrando o caráter soberbo de Caim, e a herança carnal deixada para Enoque, exaltação ao Ego e glória ao esforço próprio, ao suor. 
O segundo Enoque, a própria bíblia relata, de forma clara e objetiva: 
"E andou Enoque com Deus [...]" (Gênesis 5:22a) "E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou." (Gênesis 5:24)
No meio de um emaranhado de nomes complicados e de muitas biografias não descritas (genealogia), um homem teve sua história contada em um versículo e meio. Um homem, que por andar com Deus, o Senhor Criador dos céus e da terra, marcou gerações, fez a diferença entre muitos. E o final do versículo vinte e quatro mostra quão maravilhosa é a consequência daqueles que aprendem esse segredinho, que Enoque aprendeu, "andar com Deus". Quem anda com Ele não experimenta a morte. Enoque (o segundo) não experimentou a morte, ele foi arrebatado, Deus o tomou para si. De tanto Enoque andar com Deus, ele foi arrebatado!!! *----* Queridos, isso é lindo de mais! 
E nos mostra quão real isso é para nós hoje, quanto mais andarmos com Deus, Ele nos tomará para si e não veremos a morte, nunca morreremos, pois nossa herança será a vida eterna (com abundancia). 
Essa palavra também nos lembra dos dois Adão's. O primeiro Adão (o primeiro Enoque) , o qual o pecado, entrou no mundo; e o segundo Adão, Jesus, o qual nos libertou da maldição do pecado, sendo sacrifício perfeito na cruz do calvário.  
O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. (I Coríntios 15:45)
Ohw como Ele nos ama...como Ele é lindo e perfeito! Como Ele nos ama!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sacrifício perfeito

Que possamos não tratar com indiferença,
mas que nossos corações possam ser inundados com
arrependimento genuíno e indignação pelo pecado!


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Devocional - Brincando de esconde-esconde



Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. (Gênesis 3:7) E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. (Gênesis 3:10)
Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. (Gênesis 3:12-13)

O livro de Gênesis deve ser lido pelo menos uma vez por ano, por nós cristãos - lembro-me dessa recomendação, dada pela bispa Valéria, no Congresso de Mulheres do ano de 2011. E de fato é uma recomendação que deve ser observada e vivida. É realmente um livro instigante, por tratar-se de nossas origens...divina, santa, humana e pecadora....
Esse texto de gênesis 3 já o li por várias vezes, e em cada vez recebi um Rhema diferente. Hoje em especial as partes grifadas me fizeram lembrar de todas as vezes que pecamos, todas as vezes que desobedecemos um ordem do Pai ou inobservamos um de seus princípios. A primeira reação que temos ao pecar é exatamente essa, esconder o pecado, esconder para que nossa vergonha não seja exposta. 
Adão e Eva ao comerem o fruto da árvore da ciência do bem e do mal acharam que poderiam esconder o Elefante atrás do poste (ou se preferirem - tapar o sol com a peneira). A natureza do pecado veio de forma súbita e alastrante a ponto de realmente acharem que poderiam fugir e se esconderem de maneira adequada e passarem desapercebidos pelos olhos do Criador. 
Infelizmente, nossa reação, até os dias de hoje continua a mesma. Nos escondemos e achamos que ninguém irá encontrar, ninguém irá perceber a confusão que está em nosso interior. Mas não adianta...é um esforço inútil...não dá para brincar de esconde-esconde com Deus. Seus olhos são penetrantes a ponto de sondar nosso interior tão profunda e detalhadamente, melhor que qualquer um (melhor que o próprio ser sondado).
Porque então Adão não continuou nu, sem ter feito aventais e se prostrou diante de Deus e disse: Senhor!! Eu realmente te desobedeci. Eu fui o culpado. Eu pequei! Porque Eva não se mostrou, da forma que estava e rasgou seu coração na presença de Deus, se humilhando?
Porque o pecado é uma droga, e naquele momento eles estavam sofrendo todas as reações contidas nela. Um abismo chama outro. Um pecado chama outros... 
E como se não bastasse esconder e fugir, ao serem confrontados pelo Altíssimo, começaram a brincar de batata-quente! - Não!!! A culpa não é minha...Essa dai foi a culpada...e foi o Senhor que me deu ela...a culpa foi dele Deus! - Nãooo! A culpa não é minha Todo Poderoso, foi esse ser malicioso que me seduziu, mentiu para mim!
(Risos) Ai ai...isso te soa familiar? Muito! Não!? Fazemos a mesma coisa, temos as mesmas reações. Essa "Dificuldade em assumir a culpa", em sofrer o dano repetimos nas diversas vezes que pecamos e somos confrontados por Deus. E quando somos confrontados por nossos líderes ou por nosso pastor... Voltamos ao Gênesis e começamos a brincar de batata quente, e no final colocamos a culpa nos irmãos, no líder, no pastor, no ministério...no cachorro, na formiga...e até mesmo em Deus.

Davi disse o seguinte no Salmo 32:3: Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia.
Deus não despreza um coração quebrantado, um espirito verdadeiramente humilhado na presença dEle. Pecamos? Ok...pecamos, mas rasguemos o coração, não escondendo nada...e Ele derramará uma porção dobrada de arrependimento, graça e misericórdia.